O Fórum Executivo SBGC: Resultados Inovadores em Negócios

A Sociedade Brasileira de Gestão do Conhecimento realizou, nos dias 29 e 30 de outubro, no Maksoud Plaza Hotel, o Fórum Executivo SBGC: Resultados Inovadores em Negócios. O tema central do evento foi sintetizado na pergunta: Como transformar conhecimento em vantagem competitiva?

Na pauta, empresários, gestores e executivos das instituições Petrobrás, Vale, Natura, Embraer, Brasil Kirin, Sebrae e Ecopetrol (Colombiana) apresentaram as suas melhores práticas em Gestão do Conhecimento e exemplos de como os programas de GC contribuem para o melhor posicionamento das empresas no mercado.

A palestra de abertura foi feita por André Saito, Ph.D. em Ciência do Conhecimento, e diretor de Educação da SBGC, que de modo bastante interativo, apresentou conceitos niveladores dos conhecimentos dos participantes e levou a todos a refletirem sobre quais os conhecimentos das empresas que efetivamente devem ser objeto da Gestão do Conhecimento. 

Atuaram, como moderadores dos painéis apresentados pelas empresas mencionadas, especialistas renomados, como José Terra e Beto do Valle, ambos da Globant (ex Terra Fórum), Camila Pires, da Rede Índigo, Marcelo Yamada, da Promom e Maria Fernanda Teixeira da Costa, da MaFeTeCo.

O evento, bastante dinâmico e inovador, mostrou que a Gestão do Conhecimento já foi incorporada à rotina das empresas participantes, no mesmo nível dos programas de remuneração e benefícios, ou à política de RH.

Antônio Sérgio Oliveira Santana, Gerente de RH da Petrobrás, afirmou que o conhecimento é considerado um ativo que traz vantagem competitiva e garante sustentabilidade às empresas, ao discorrer sobre o programa de GC da empresa, especialmente as comunidades de práticas, bastante disseminadas.

Ressaltou o palestrante que, atualmente, existe um gap de conhecimento na empresa, pois, durante 10 anos a Petrobrás não contou com a entrada de novos empregados. Assim, o desafio atual é transferir o conhecimento do grupo mais antigo para o mais novo, é reter o conhecimento de quem está prestes a sair da organização.

Alexandre Sonntag, Gerente de Gestão do Conhecimento da Vale, mineradora líder mundial na produção de minério de ferro e a segunda maior de níquel,  apresentou o modelo de gestão de conhecimento aplicado à gestão de projetos de investimento. A empresa considera o reuso dos conhecimentos gerados em projetos de capital anteriores (novas minas, plantas, portos e ferrovias) essencial para o sucesso em mega-projetos e, com esse entendimento, estruturou seu modelo de gestão do conhecimento.

Ressaltou o representante da Vale que a Gestão do Conhecimento aplicada aos projetos tem características diferentes que aplicada às organizações porque os primeiros têm objetivos de curto prazo enquanto as organizações têm de longo prazo e são influenciados por fatores como rotatividade e autonomia, entre outros.

Luiz Rogério, da Natura, enfatizou que o papel da empresa não se restringe a prover o consumidor de produtos. Hoje, as relações são de troca, ressaltando o potencial da soma de conhecimento em rede adotado pela empresa, que propõe a articulação da comunidade científica, reunindo pesquisadores e instituições de pesquisa para inovar e promover relações de bem estar.

José Eduardo Carara Junior, da Embraer, apresentou as práticas de inovação nos processos de gestão de Comunidades de Prática e exemplos de como a empresa está implantando práticas de Gestão do Conhecimento na engenharia de desenvolvimento de produtos.

Américo Garbuio Junior, Vice-Presidente de Desenvolvimento Humano e Organizacional da Brasil Kirin, relatou as práticas de GC utilizadas na empresa para promover o desenvolvimento das pessoas, atrair e reter bons profissionais dentro de um mercado tão competitivo.

Raquel Bentes, da Universidade Corporativa do Sebrae, explicou as soluções para gestão do conhecimento corporativo da organização, como Portal Saber, Memorial e Conexão Sebrae. Ressaltou a missão da universidade corporativa do Sebrae de promover ambiente de aprendizagem para o desenvolvimento dos colaboradores internos e externos, contribuindo para o alcance dos resultados do Sebrae junto aos pequenos negócios. 

Geraldo Magela Souza, coordenador do projeto de Gestão do Conhecimento do Sebrae Nacional, apresentou os projetos Biblioteca On Line Sebrae, Portal Sebrae, Base de Informação para Atendimento e o Vocabulário Controlado Sebrae.

Três empresários apoiados pelo Sebrae na implantação de programas de GC participaram do painel e relataram como as pequenas empresas podem desenvolver excelentes programas para que o conhecimento disponível agregue valor e seja um diferencial competitivo para o negócio.

Na tarde do segundo dia, realizou-se uma oficina bastante dinâmica, denominada “construção colaborativa do conhecimento”, que teve, como facilitadora, Maria Fernanda Teixeira da Costa, e moderação de Camila Pires.

Oscar Javier Guerra Perdomo, chefe da unidade de Estratégica de Gestão do Conhecimento da Ecopetrol, apresentou o adiantado estágio de desenvolvimento do programa de gestão do conhecimento da empresa colombiana de petróleo.

Como avaliação da aprendizagem do evento, contou-se com a rápida participação de Roberto Pacheco, prof. da UFSC, por videoconferência.

Na maioria das apresentações, ficou clara a necessidade de patrocínio da alta administração para que o conhecimento possa agregar valor para a organização.  Não é necessário que o CEO tenha conhecimentos profundos sobre GC, mas sim que ele esteja engajado no processo, que saiba como uma determinada prática ou ferramenta será utilizada, como ela irá ajudar e de que forma ela se encaixa na estratégia.

Também evidenciou-se  que a GC não deve ser um projeto de uma unidade, de um departamento, mas de toda a organização. Cada uma das unidades operacionais, TI, RH, Gestão Estratégica e unidades do negócio devem participar do Programa para que a GC seja efetivamente incorporada aos processos de trabalho da organização.

A SBGC, mais uma vez, contribuiu para elevar o debate e abrir os horizontes das empresas que ainda não se conscientizaram sobre a importância da incorporação da Gestão do Conhecimento nos seus processos de Governança, em razão da riqueza de conteúdo e da excelência das apresentações do Fórum Executivo.

No dia 28, antes do evento, o Conselho Deliberativo e a Diretoria Nacional da SBGC, em reunião, aprovaram a programação preliminar e o temário do KM 2014, Investigação profunda dos processos de conhecimento nas organizações, a realizar-se em Florianópolis, SC, no período de 17 a 19 de setembro.

Certamente o KM 2014 será outro sucesso da SBGC. 

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 O evento mostrou que a Gestão do Conhecimento já foi incorporada à rotina das empresas participantes, no mesmo nível dos programas de remuneração e benefícios, ou à política de RH. Práticas como universidades corporativas.

O diretor da universidade corporativa também era o diretor de nosso programa de gestão do conhecimento. Dessa forma, as responsabilidades da gestão do conhecimento tornaram-se tão grandes que tivemos que separá-las daquelas da universidade corporativa, mas elas são muito integradas porque o que ocorre com um sistema de gestão do conhecimento é basicamente o aprendizado. Assim, hoje em dia, qualquer universidade corporativa que invista pesado, mas que não pense em gestão do conhecimento, na minha opinião, não está avançando. Você tem de pensar em gestão do conhecimento como uma das coisas que se deverá ter como universidade corporativa, e se isso significa que você terá que trabalhar juntamente com uma outra parte da organização para tornar isso possível, tudo bem, mas as duas partes devem estar relacionadas.

Como a PricewaterhouseCoopers auxilia seus clientes a desenvolverem programas de gestão do conhecimento?

Nós não somos fornecedores de sistemas nem desenvolvedores de tecnologia. Somos “fornecedores” de sistemas de gestão do conhecimento. O que fazemos é trabalhar com nossos clientes, como ocorre em todos os nossos sistemas de comunicação: percorremos desde as necessidades estratégicas até as necessidades de avaliação. Ou seja, ajudamos nossos clientes a estabelecerem uma estratégia para a adoção de um sistema de gestão do conhecimento. Qual é o nosso foco? Por onde começamos? Em quais prioridades devemos nos concentrar ao iniciarmos a construção de um sistema de gestão do conhecimento? Se você tentar transmitir todo o conhecimento a todo o mundo, não estará fazendo um bem a ninguém. Você estará dando às pessoas uma sobrecarga de informações. O que queremos fazer, basicamente, é garantir que você esteja cobrindo as áreas prioritárias relacionadas à estratégia comercial, e depois, uma vez que você tenha adquirido esse conhecimento, deverá propagá-lo para as pessoas certas, para que elas possam fazer seu trabalho com maior eficácia.

http://prezi.com/ubodh7ykte4j/universidade-corporativa-sebrae/